Hellen Xavier Manso é mãe do Estêvão de 4 anos, esposa, arquiteta e autora do blog Integralmente, mãe. Neste espaço ela compartilha como lidou com o uso dos bicos artificiais (chupetas) com seu filho. Vamos acompanhar?
O USO RACIONAL DA CHUPETA, EXISTE?
Tive uma grande experiência com o uso da chupeta. Na verdade, posso dizer que ela me salvou muitas vezes nas crises de choro que meu filho tinha desde recém-nascido até uns três meses mais ou menos. Não que arrependo de tê-la oferecido para meu filho ainda na maternidade, mas pensando por este lado, sinto que não tentei outros métodos para acalmá-lo. Aí sinto-me um pouco culpada e penso, será que existe o uso racional da chupeta?
Culpa de mãe não tem fim, até por que a maternidade é mesmo para eternidade não é mesmo! Mas por mais que eu tenha me preparado para a amamentação e lido bastante sobre estes assuntos, ainda sinto que a chupeta foi culpada por provocar um desinteresse repentino e cedo pelo seio.
O que de certo modo me alivia é que o Estêvão é meu primeiro filho, e como marinheira de primeira viagem, preciso aceitar certas falhas “óbvias”. Apesar de eu ter oferecido bicos artificiais ao meu filho ainda na maternidade, sinto que estabeleci no inicio o uso racional da chupeta. Vou explicar por que.
SIM, E VAI DEPENDER DE VC!
Considero que estabeleci plenamente o uso racional da chupeta por que não houve sofrimento da parte do meu filho nem da minha ao deixar de fazer uso dela. A racionalidade estava presente no fato de eu não permitir que meu filho permanecesse o dia todo sugando o bico. Eu não permitia e criava meios para que ele relacionasse o uso da chupeta com sono. Então ele só a usava para dormir.
MINHA EXPERIÊNCIA
Conforme a criança vai crescendo, esses limites que refletem a racionalidade do uso da chupeta vão ficando mais difíceis de estabelecer. Já notaram quão é feio uma criança tentar conversar com um bico na boca? Então, eu acho horrível! Os limites, as regras para usar a chupeta são as mesmas, porém cada vez mais firmes, afim de serem cumpridas.
O uso racional da chupeta também foi muito bem definido aqui quando meu filho deixou de sugar esse bico. Isso aconteceu quando ele tinha dois anos, e começou a rasgar o bico. E eu o avisava que não ia mais comprar outra chupeta, caso ele rasgasse. E assim aconteceu! Ele chorou umas duas noites para dormir, mas eu me coloquei a disposição para dormir com ele se fosse o caso, e logo ele acostumou-se.
E A AMAMENTAÇÃO?
No meu processo de maternar, houve um incidente que provavelmente teria sido diferente, caso eu tenha uma segunda chance. Não sou contra a chupeta, mas acredito que ela pode sim interferir no processo que o recém-nascido está de aprender a sugar o seio materno, de iniciar a amamentação.
Certamente eu teria tentado outros métodos para acalmar meu filho antes de oferecer a chupeta. Eu comprovei que é verdadeira a confusão de bicos que o recém-nascido faz ao sugar um bico artificial e o seio materno.
O uso racional da chupeta depende muito mais do cuidador que do bebê. É o cuidador/mãe quem insere os limites para a criança deste o momento que sai do ventre materno, ainda bebezinho. E essa racionalidade somente é firmada e concretizada assim.
E você leitora? Conte-nos como foi sua experiência com a chupeta! Vamos conversar!
É maravilhoso dividir minha experiência com os leitores deste espaço materno!